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domingo, 30 de junho de 2013

Professora Flora Egídio Thomé - nossa patrona


Flora Egídio Thomé



A escola Etalívio Pereira Martins homenageou Flora Egidio Thomé como Patrona da biblioteca escolar por ser uma pessoa que dedicou sua vida pela educação e também por ser uma escritora sul-mato-grossense.

Flora Egidio Thomé foi homenageada como patrona da biblioteca na gestão do prefeito Sr. Lúdio Martins Coelho e do Secretário de Educação, Heitor Romero.
Flora Thomé nasceu em Três Lagoas no dia 14 de novembro de 1930.
Mora até hoje em Três Lagoas. Sem pai Egidio Thomé e sua – mãe, Raciba, libaneses imigrantes, que se conheceram em são Paulo e vieram enfrentar a vida em Três Lagoas no começo dos anos vinte.

Casaram-se e tiveram sete filhos. Aos 9 anos de idade Flora Thomé perdeu seu pai, o dia em que Flora nasceu foi o dia mais feliz da vida de seu pai, pois viera depois dos cinco filhos homens.

Cresceu numa família árabe, arraigada às tradições do país de origem apegada em excesso aos filhos. Quando seu pai faleceu, sua mãe fez tudo· para manter unidos. Dos sete irmãos, só restam hoje quatro - que são:

Michel, o mais velho, que foi prefeito em Três Lagoas (já falecido).
- Monir, médico (já falecido).
- Nufo, dentista (já falecido).
- Magid
- Samia
- Samir
- Flora Thomé

A infância de Flora foi como de toda menina pobre que faz da rua e do quintal, seu espaço de liberdade, de correria. Com sua irmã brincava de casinha, de professor e aluno, com· brinquedos artesanais que elas mesmas improvisavam.

Aprendeu a ler e a escrever na escola 2 de Julho, estabelecimento tradicional que durante cinquenta anos formou diversas gerações de três-lagoenses. Nesta escola, Flora Thomé viveu os momentos mais-ricos de sua infância e encaminhou-se para a vida profissional.
Sua primeira professora foi Dona Lídia Venditti por quem foi alfabetizada. Terminado o primário, durante certo tempo não teve condições financeiras de estudar fora.

Quando em 1945, foi criado o primeiro ginasio da cidade, pelos professores João Magiano Pinto e Eufrosina Ferreira Pinto com o apoio político do então interventor Júlio Müller, em que fez seu exame de admissão ao ginásio 2 de julho..
Em 1948, quando terminou o ginasio, foi convidada a dar aulas no 2 de julho. Flora Thomé começou sua carreira no magistério em 1949, como professora primária na escola 2 de Julho. Começou de baixo, no bom sentido, lecionando a primeira série do primário, porque todo é gratificante. Lecionou depois o terceiro ano, participando de uma experiência rica, em que aprendia com os colegas e com os alunos também. Naquela época a escola pagava relativamente: 700 mil reis, um salário mensal com o qual contribuía nas despesas da casa e ajudava a manter seus dois irmãos que estudavam fora.

Em 1952 criou-se a Escola Normal Dom Aquino Corrêa, graças ao empenho dos deputados estaduais Júlio de Castro Pinto e Rosário. Dessa - forma ingressou no curso Normal e tornou-se professora em 1953, visto que naquele tempo o Normal tinha apenas dois anos. Formou-se na primeira turma do ginásio em 1948 e na primeira turma do normal, em 1953. Em 1961, fez o curso da Cades em Campo Grande, credenciado pelo Ministério da Educação, com o fim de fornecer registro aos professores leigos. Em 1969, cria-se a Faculdade Estadual de Mato Grosso; com seus vários centros pedagógicos de Três Lagoas, no qual ingressou para melhorar o nível de sua formação profissional, como professora de Língua Portuguesa no ginasio estadual 2 de julho e no Colégio de 1º e 2º Graus Fernando Correa.

Flora Thomé tem 46 anos de magistério. Deu aula em todos os níveis, do primário ao universitário, teve contato com todo tipo de aluno, gratificando-se sempre com seu trabalho, onde procura atualizar-se para acompanhar o ritmo de seu tempo. Aposentou-se numa das cadeiras do magistério estadual, por Mato Grosso e durante dois anos recebeu por Cuiabá. Ganhava salário mínimo, mal dava para sobreviver. Quanto à aposentadoria na universidade, Flora diz que ela vai chegar ao seu devido tempo, pois está deixando a coisa acontecer naturalmente.

Flora Thomé, leciona até hoje as disciplinas de Língua Portuguesa e de Comunicação e Expressão no Centro Universitário de Três Lagoas, onde estimula atividades culturais, despertando nos alunos o gosto pela arte.

Flora Thomé, escritora sul-mato-grossense foi incentivada a publicar seus poemas, pelo amigo Rosário Congro

Escreveu "Cirrus", já em segunda edição, coletânea de poemas tecidos na linha modernista, prefaciado por Rosário Congro que acentua:"Quantas coisas ela quis dizer com trem que não traz alguém", “os caminhos se desfazem", "Ânsias em erupção”, -"A fadiga do não realizado". páginas muito brancas e muito altas", Cirrus de fato. 

Ao ser editado, o livro de Flora Thomé foi alvo de muitos elogios da coluna literária do "Diário de são Paulo" da palavra de Cassiano Ricardo, de José Condé e Valdemar Cavalcanti. 

Para o "menino moleque" o saudoso maestro Frederico Lieberman compôs uma partitura musical profundamente subjetiva, a poesia de alma, extraindo-lhe a essência, o que, em poesia, é válido e autêntico. 

Alguns anos mais tarde, fez uma antologia dos poetas da terra, que denominou: Antologia Dimensional de poetas Três-Lagoenses, para preservar a memória regional de nossa poesia.

 Publicou também outros poemas sob O titulo “Cantos e Recantos”, por causa disso foi convidada a pertencer à Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. Durante muitos anos representou Três Lagoas no Conselho Estadual de Cultura.

Flora faz parte da galeria de santos e magos que operam o milagre da redescoberta do mundo, da vida.








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